A carreta odontomóvel com consultórios para atendimento na área de odontologia abre nesta quinta-feira (1), às 8 horas, os serviços de saúde que serão oferecidos durante o I Festival Carranca Boat de Prevenção ao Câncer de Mama e da Copa Brasil de Dragon Boat, no Dique do Tororó. O evento vai reunir, no sábado (3), mulheres que resgataram a autoestima e a qualidade de vida por meio da prática desse tipo de canoagem, após diagnóstico do câncer de mama, além de atletas da modalidade dragon boat.
O festival é a primeira competição dessa modalidade esportiva na Bahia e inclui serviços de saúde como a realização de 140 mamografias, orientação nutricional, treinamento funcional, defesa pessoal, além do odontomóvel (ver programação completa). O evento estava previsto para os dias 15 e 16 de outubro, mas devido restrições impostas pela legislação eleitoral nº 9.504/1997 passou a integrar a programação dos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres.
O Festival Carranca Boat é uma realização da Federação Baiana de Canoagem com apoio da SPM Bahia, Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esportes (Setre) por meio da Superintendência de Desportos da Bahia (Sudesb), Secretaria da Saúde (Sesab), Hospital da Mulher, com patrocínio da Bahiagás e produção cultural da Rebu Produções.
Esporte
Carranca Boat é uma modalidade de canoagem adaptada do Dragon Boat pelo italiano Cesare Decarli, natural de Trento, na Itália. Ao chegar ao município de Paulo Afonso, no sertão baiano, há 14 anos, Cesare decidiu explorar o potencial esportivo do Rio São Francisco com a prática do Dragon Boat. Na localidade, o esporte ganhou o nome de Carranca Boat em homenagem à lenda regional de que a carranca protege as embarcações que navegam pelo Velho Chico. As embarcações construídas para a prática trazem, em sua cabeceira, uma carranca esculpida, com 20 remadores (as) junto com um timoneiro e um ritmista. No total, 30 mulheres praticantes do esporte e que superaram o câncer de mama participarão da competição, além de atletas da canoagem da Bahia e de outros estados.
21 dias de ativismo
De acordo com a ONU, a violência contra a mulher é a violação aos direitos humanos mais tolerada em todo o mundo. Os 21 dias são um período de mobilização educativa mundial para erradicação da violência de gênero e pela garantia dos direitos das mulheres. Nos demais países são apenas 16 dias de ativismo, mas no Brasil o período é antecipado em cinco dias começando em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, como forma de ressaltar a maior vulnerabilidade das mulheres negras. Segundo o Atlas da Violência 2021, 68,1% das vítimas de feminicídio no Brasil, ano passado, eram mulheres negras. A mobilização foi criada em 1991 pela ONU e atualmente ocorre em mais de 150 países.
Fonte: Ascom/Sudesb.
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