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CE aprova Dia da Luta da População em Situação de Rua no calendário nacional

A Comissão de Educação aprovou nesta terça-feira (8) o projeto de lei que institui o Dia da Luta da População em Situação de Rua, a ser celebrado e...

Colaboração para o Jornal Online Alagoas
Por: Colaboração para o Jornal Online Alagoas Fonte: Agência Senado
08/07/2025 às 16h56
CE aprova Dia da Luta da População em Situação de Rua no calendário nacional
Relator do projeto, Paim destaca que população em situação de rua precisa de visibilidade - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A Comissão de Educação aprovou nesta terça-feira (8) o projeto de lei que institui o Dia da Luta da População em Situação de Rua, a ser celebrado em 19 de agosto ( PL 4.752/2019 ). A proposta recebeu parecer favorável do senador Paulo Paim (PT-RS) e será analisada agora pelo Plenário do Senado.

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A data faz referência ao chamado "Massacre da Sé", série de ataques violentos contra pessoas em situação de rua na Praça da Sé, em São Paulo (SP), entre os dias 19 e 22 de agosto de 2004. No total, 13 pessoas foram agredidas enquanto dormiam; sete morreram e as outras seis ficaram com sequelas permanentes.

Paim destacou que o número de pessoas vivendo nas ruas tem crescido de forma "alarmante" nos últimos anos. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam um aumento de 935% da população em situação de rua entre 2013 e 2023, com o total passando de 21 mil para 227 mil pessoas. Segundo levantamento do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, esse número pode ter chegado a 327 mil até o fim de 2024.

— A abordagem do Estado e da sociedade muitas vezes é pautada pela criminalização ou pela invisibilidade. As políticas públicas, quando existentes, são frequentemente emergenciais e fragmentadas, focando em abrigos temporários, que, embora necessários, não atingem a raiz do problema. O cenário confirma a urgência de uma ação coordenada e humanizada, que vá além do assistencialismo, garanta direitos e promova a dignidade humana — afirmou o relator.

O projeto veio da Câmara dos Deputados, onde foi apresentado pelo deputado Nilto Tatto (PT-SP).

Vinícius Gonçalves, sob supervisão de Patrícia Oliveira

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