O líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), apresentou à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados pedidos de abertura de processos disciplinares e suspensão cautelar, por seis meses, dos mandatos de cinco parlamentares da oposição que teriam se excedido durante o protesto no Plenário contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, na noite de quarta-feira (6). Os pedidos também foram assinados por outros líderes.
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Veja abaixo as acusações contra os deputados e os partidos que assinam cada representação dirigida à Mesa.
- Marcos Polon (PL-MS) é acusado de se sentar na cadeira da Presidência da Câmara para impedir a retomada dos trabalhos no Plenário por Hugo Motta. O pedido de abertura de representação é assinado pelos líderes do PT, Lindbergh Farias; do PSB, Pedro Campos, e do Psol, Talíria Petrone (RJ).
- Paulo Bilynskyi (PL-SP) é acusado de tomar de assalto e sequestrar a Mesa Diretora do Plenário e de ocupar a Mesa da Comissão de Direitos Humanos, impedindo o presidente da comissão de exercer suas funções. Também é acusado de agredir fisicamente o jornalista Guga Noblat. O pedido de abertura de representação é assinado pelos líderes do PT, do PSB e do Psol.
- Júlia Zanatta (PL-SC) , que estava na Mesa da Câmara com seu filho no colo, é acusada de usar o bebê "escudo", além de colocá-lo em ambiente de risco e tensão. O pedido de abertura de representação é assinado pelos líderes do PT e do PSB e pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos, Reimont (PT-RJ.
- Zé Trovão (PL-SC) é acusado de impedir fisicamente a subida do presidente da Câmara à cadeira da Presidência, utilizando a perna para obstruir a escada de acesso à Mesa. O pedido de abertura de representação é assinado pelos líderes do PT e do Psol.
- Marcel van Hatten (Novo-RS) é acusado de tomar de assalto e sequestrar a cadeira da Presidência. O pedido de abertura de representação é assinado pelos líderes do PT, do PSB e do Psol.
Representações
Caso a Mesa Diretora decida abrir as representações contra os deputados, o pedido de suspensão do mandato será analisado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. O colegiado já puniu neste ano dois deputados com a suspensão do mandato por três meses. A punição contra Gilvan da Federal terminou na segunda-feira (4), quando ele voltou a exercer o cargo. Já André Janones continua afastado até 12 de outubro.