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Ipaam aplica R$ 4,4 milhões em multas por extração ilegal de madeira na RDS do Juma, em Novo Aripuanã

Ação resultou na apreensão de quase 4,8 mil metros cúbicos de madeira e embargos a quatro empresas...

Colaboração para o Jornal Online Alagoas
Por: Colaboração para o Jornal Online Alagoas Fonte: Agência Amazonas
08/08/2025 às 16h28
Ipaam aplica R$ 4,4 milhões em multas por extração ilegal de madeira na RDS do Juma, em Novo Aripuanã
Foto: Reprodução/Agência Amazonas

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FOTOS: Divulgação/Ipaam

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) aplicou multas que totalizam R$ 4.405.900 a quatro empresas durante a operação ‘Madeira Suja’, realizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Juma e em empreendimentos madeireiros de Novo Aripuanã (a 227 km de Manaus). A ação foi motivada pela extração e estocagem ilegal de madeira, descumprimento de licenças ambientais, obstrução da fiscalização e descarte irregular de resíduos.

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Durante a operação, concluída esta semana, em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb) da Polícia Militar, foram apreendidos aproximadamente 4.795 metros cúbicos de madeira sem origem documentada, incluindo 736,4 metros cúbicos de madeira em tora, 178,1 metros cúbicos de madeira serrada e mais de 3 mil metros cúbicos de resíduos para fins energéticos.

As multas aplicadas variam entre R$ 450 mil e R$ 2,55 milhões, conforme a gravidade das infrações cometidas. Duas empresas foram autuadas por ausência do Documento de Origem Florestal (DOF) e estocagem irregular; uma terceira por descumprimento das condicionantes ambientais; e a quarta, que recebeu a maior multa, por descarte irregular e queima de resíduos na área.

O diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, ressaltou a importância da operação para a proteção do meio ambiente. “A operação ‘Madeira Suja’ reforça o compromisso do Ipaam em combater crimes ambientais que ameaçam a biodiversidade da RDS do Juma e a qualidade de vida das comunidades locais. Continuaremos intensificando a fiscalização, em parceria com órgãos estaduais e federais, para assegurar a recuperação das áreas degradadas e o uso sustentável dos recursos naturais,” afirmou.

A ação na RDS do Juma ocorre após denúncias feitas por moradores da Unidade de Conservação (UC) à Sema. Diante dos relatos, o Estado reuniu uma força-tarefa, com foco, sobretudo, na proteção das populações tradicionais.

Foto: Reprodução/Agência Amazonas
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FOTOS: Divulgação/Ipaam

“Essa ação ocorre em resposta às denúncias que recebemos das populações que residem na UC. Por isso é tão importante o trabalho que fazemos na ponta. Enquanto órgão gestor da área, é papel da Sema articular fiscalizações com os órgãos competentes, o que buscamos fazer de forma contínua e integrada, garantindo que as demandas das comunidades sejam ouvidas e que a proteção da unidade seja efetiva”, ressaltou o secretário da Sema, Eduardo Taveira.

As empresas autuadas tiveram suas atividades embargadas e só poderão retomar as operações após o pagamento das multas, a recuperação das áreas degradadas e a destinação ambientalmente adequada dos resíduos.

Parceria integrada

O Ipaam destaca que a fiscalização contínua e a cooperação entre os órgãos estaduais e federais, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Polícia Federal, são fundamentais para o combate aos crimes ambientais no Amazonas.

Com a operação “Madeira Suja”, o Ipaam reafirma o compromisso de proteger a floresta amazônica e assegurar o desenvolvimento sustentável, assegurando que as atividades econômicas respeitem a legislação ambiental e contribuam para a preservação dos recursos naturais.

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