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Plínio Valério critica ações da Polícia Federal contra garimpo no Rio Madeira

Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (16), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou ações da Polícia Federal contra o garimpo ilegal ...

Colaboração para o Jornal Online Alagoas
Por: Colaboração para o Jornal Online Alagoas Fonte: Agência Senado
16/09/2025 às 17h08
Plínio Valério critica ações da Polícia Federal contra garimpo no Rio Madeira
- Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (16), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou ações da Polícia Federal contra o garimpo ilegal no Rio Madeira, no Amazonas. Segundo o parlamentar, foram prejudicadas famílias que vivem da extração mineral. Ele afirmou que, sob ordem judicial, agentes incendiaram casas flutuantes usadas por pequenos garimpeiros em municípios como Manicoré, Humaitá, Barreirinha e Novo Aripuanã.

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A Polícia Federal [...] colocou em fila dezenas daquelas casas e explodiu todas. A Polícia Federal, seguindo ordens de um ministro de plantão, do Superior Tribunal de Justiça [STJ], foi ao município de Manicoré, no Amazonas, ao Município de Humaitá, sob o pretexto de combater o tráfico de drogas, extrapola, humilha e joga no abandono dezenas de famílias que residem nessas casas, que, de forma extrativista, ficam catando migalhas de ouro em grama, que mal dá para o sustento. E é previsto, na Constituição, esse extrativismo mineral, através de cooperativas— disse Plínio Valério.

Segundo o senador, a operação teria causado danos ambientais, com fumaça, resíduos de óleo diesel e materiais como madeira e alumínio lançados no leito do rio. Ele argumentou que a Defensoria Pública do Amazonas pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a suspensão das ações, mas o pedido não foi acatado. O senador acrescentou que as operações aterrorizam comunidades locais, interrompem atividades escolares e violam direitos fundamentais.

Plínio Valério também relacionou a ofensiva ao anúncio de privatização de hidrovias na Amazônia, incluindo a do Rio Madeira. Para ele, as operações podem estar ligadas a interesses econômicos sobre a exploração futura da região.

Se uma operação dessa, que é feita agora, recém-anunciada a privatização [da hidrovia] do Rio Madeira, vem com toda a força agora para dizer: 'Ó, é para acabar com isso. Quem se meter a gente vai acabar'... O que é balela. Os narcotraficantes estão lá, e a Polícia Federal não vai lá, não vai lá com eles, ou por medo, ou por receio. O certo é que não vai— afirmou.

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