O Ceará estará em uma missão na Espanha para fortalecer sua presença no mercado internacional de frutas e atrair novas tecnologias para o setor. A Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Ceará (SDE) será uma das instituições a integrar uma comitiva que contará com 15 produtores cearenses e técnicos, além de representantes do Rio Grande do Norte.
A primeira parada da missão é a Feira de Frutas de Madri (Fruit Attraction), segunda maior feira do mundo no segmento, de 30 de setembro a 2 de outubro. Na ocasião, a comitiva cearense, que integra o pavilhão brasileiro, visa buscar no evento a comercialização da produção local e prospecção de novos negócios.
Segundo o secretário executivo do Agronegócio da SDE, Silvio Carlos, “a feira é uma oportunidade de representar o Brasil, realizar reuniões estratégicas com a Abrafrutas e outros produtores, além de permitir que os empresários locais conheçam novas experiências e firmem parcerias”, disse.
Representantes do Complexo Industrial e Portuário do Pecém também estarão presentes na missão, promovendo suas capacidades de exportação e apresentando suas ações.
Inovação e novas variedades de frutas
Um dos pontos altos da missão é a assinatura de um memorando de entendimento com uma empresa americana, com filiais no Chile e na Espanha, especializada em genética de novas variedades de berries (mirtilo, morango, framboesa e amora preta). “O objetivo é que essa empresa monte um experimento na região da Ibiapaba para testar a viabilidade da produção dessas culturas no Ceará”, explica Silvio.
O memorando busca criar uma conexão entre a Ibiapaba e a região de Huelva, na Espanha, para desenvolver e estimular a produção dessas frutas no estado.
Após a feira, a comitiva seguirá para a região da Andaluzia, conhecida por sua agricultura irrigada e fruticultura. A visita tem como objetivo aprender com a experiência espanhola, já que a região, assim como o Nordeste, enfrenta desafios hídricos.
“A missão para a Espanha é considerada de grande importância para o Governo do Ceará, por meio da SDE. Ela oferece a chance de modernizar a fruticultura cearense, permitindo que os produtores se atualizem com as inovações do setor e melhorem a comercialização de seus produtos. A troca de experiências com uma região que superou dificuldades hídricas através de tecnologia e mão de obra qualificada pode ser um catalisador para o desenvolvimento econômico do Ceará”, enfatiza Silvio Carlos.