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Campinas recebe agentes do SuperAção SP nesta segunda (29); 4.355 famílias serão atendidas

Profissionais vão atuar em visitas domiciliares e no acompanhamento direto de famílias em vulnerabilidade

Colaboração para o Jornal Online Alagoas
Por: Colaboração para o Jornal Online Alagoas Fonte: Secom SP
29/09/2025 às 17h50
Campinas recebe agentes do SuperAção SP nesta segunda (29); 4.355 famílias serão atendidas
Nesta etapa, os profissionais serão responsáveis pelo atendimento das famílias em Barueri, Cabreúva, Campinas, Embu das Artes, Itaquaquecetuba, Paulínia, São Roque e São Vicente

Campinas é a cidade com maior número de famílias contempladas nesta etapa do SuperAção SP. A partir desta segunda-feira (29), 50 agentes começam a atuar no município, acompanhando 4.355 famílias cadastradas no CadÚnico. O trabalho será baseado na busca ativa, com visitas domiciliares que trarão planos personalizados de desenvolvimento familiar, incluindo acesso a auxílios financeiros, capacitação profissional e políticas de saúde, educação e habitação.

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Nesta semana, os primeiros agentes do SuperAção SP chegam a oito municípios paulistas, marcando o início da fase operacional do programa do Estado de São Paulo voltado à transformação de vidas e combate à pobreza. Nesta segunda-feira (29), o programa estará em Paulínia e Campinas.

Nesta etapa, os profissionais serão responsáveis pelo atendimento das famílias em Barueri, Cabreúva, Campinas, Embu das Artes, Itaquaquecetuba, Paulínia, São Roque e São Vicente. Eles irão elaborar planos de desenvolvimento individualizados em conjunto com as famílias, além de conectá-las aos serviços e oportunidades de emprego e renda, apoiando-as no caminho rumo à autonomia.

O trabalho é calcado na busca ativa das famílias em situação de vulnerabilidade social já inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). Os agentes irão bater à porta dessas famílias, que não precisarão se deslocar até uma unidade de assistência social para serem atendidas. Cada profissional acompanhará até 20 famílias por mês, realizando visitas semanais, quinzenais ou mensais, de acordo com a necessidade de cada caso.

O ponto central desse processo é o Plano de Desenvolvimento Familiar (PDF), um documento construído junto com a família, que traça metas, objetivos e ações para cada integrante, com foco na inclusão produtiva, fortalecimento dos vínculos comunitários e acesso a direitos básicos.

Para a secretária Andrezza Rosalém, o instrumento é decisivo: “O PDF ajudará a identificar as barreiras que a família enfrenta para a inclusão produtiva, detalhando a jornada que cada membro deve seguir para se inserir ou melhorar sua posição no mundo do trabalho”.

Ainda na visão da secretária, o olhar próximo e individualizado dos agentes permitirá que cada família receba atenção personalizada, ajudando a romper o ciclo da pobreza em São Paulo. “O trabalho dos agentes é criar vínculos, conectar as famílias às políticas de governo e apoiá-las na construção de um caminho sólido para a autonomia”, reforça.

Todos os agentes passaram pela formação promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo (SEDS), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV Projetos) e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Durante duas semanas intensivas, eles foram preparados para atuar diretamente nos territórios, onde vão acompanhar as famílias. O treinamento de 80 horas reuniu aulas teóricas e práticas sobre construção de vínculos de confiança, uso de tecnologias digitais para monitoramento e elaboração dos planos familiares.

Número de famílias atendidas

O SuperAção SP está baseado em duas trilhas de atendimento. A primeira, de Proteção Social, é voltada a famílias com maiores dificuldades de inclusão produtiva, como dependência de cuidados, idade avançada ou situação de rua. Já a trilha de Superação da Pobreza atende famílias com perfil ativo para a inserção ao mundo do trabalho.

A diferença entre as duas modalidades também aparece na forma de acompanhamento: enquanto na Proteção Social o atendimento especializado é feito pelas equipes técnicas dos municípios, na trilha de Superação da Pobreza o foco está nas visitas domiciliares e no acompanhamento individualizado e personalizado realizado pelos agentes.

As oito cidades que iniciam o SuperAção SP vão atender, nesta primeira etapa, 13.395 famílias nas duas trilhas do programa. Campinas concentra o maior público, com 4.355 famílias, seguida de Itaquaquecetuba (2.883) e Embu das Artes (2.038). Também participam Barueri (1.348 famílias), São Vicente (2.042), Paulínia (300), São Roque (255) e Cabreúva (174).

Já a atuação dos agentes varia conforme o porte do município. Campinas contará com 50 profissionais, seguida de Itaquaquecetuba (31), Embu das Artes (22), Barueri (17) e São Vicente (19). Paulínia, São Roque e Cabreúva terão três agentes cada para o acompanhamento das famílias.

As famílias serão acompanhadas por equipes sociais durante dois anos, com possibilidade de prorrogação por mais seis meses. Cada núcleo familiar terá um plano personalizado, que envolve auxílios financeiros, bonificações por metas cumpridas e acesso facilitado a políticas públicas nas áreas de saúde, educação, habitação, assistência social e geração de renda. Os incentivos variam conforme o perfil e o módulo em que a família estiver inserida (Proteger, Desenvolver ou Incluir) e podem ultrapassar R$ 10 mil ao longo de todas as etapas do programa.

O público-alvo são famílias em situação de vulnerabilidade social que atendam aos seguintes critérios:

• Estar inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico);
• Estar com o CadÚnico atualizado nos últimos 24 meses;
• Ter renda familiar per capita, excluindo rendimentos de auxílios sociais, abaixo de meio salário-mínimo nacional (R$ 759, considerando o valor vigente de R$ 1.518 em 2025).

Os municípios que aderiram ao programa publicaram um decreto no qual se comprometeram a fortalecer sua rede socioassistencial, conectando as famílias participantes às políticas públicas e aos serviços disponibilizados, entre outras medidas previstas pelo programa.

Repasse de recursos aos municípios

O SuperAção SP reúne políticas públicas de diferentes secretarias em uma jornada completa de atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade social. O investimento inicial é de R$ 500 milhões para sua operacionalização, além do orçamento de todas as demais políticas. Na última semana, o programa obteve um reforço, com a aprovação de financiamento de mais de US$ 100 milhões extras pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Com a aprovação desse aporte financeiro extra, o Estado amplia os recursos disponíveis para o programa.

A primeira onda do SuperAção SP foi iniciada com a adesão de 48 municípios das regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas, Sorocaba e Baixada Santista. Todos foram selecionados a partir de critérios como concentração de pobreza, Produto Interno Bruto (PIB) local e taxa de ocupação (potencial do mercado de trabalho).

Na primeira onda, o Estado vai destinar R$ 110 milhões em cofinanciamento aos 48 municípios que aderiram ao programa, com o início dos repasses em outubro. Em 2025, Campinas receberá R$ 4,9 milhões; Itaquaquecetuba, Embu das Artes, Barueri e São Vicente terão R$ 2,5 milhões cada; Paulínia contará com R$ 2,3 milhões; São Roque, com R$ 2,1 milhões; e Cabreúva, com R$ 1,3 milhão. Novos aportes estão previstos para 2026 visando garantir a continuidade da ampliação e qualificação da rede socioassistencial nos municípios.

Os recursos poderão ser usados para ampliar serviços socioassistenciais como Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), atendimento domiciliar, entre outros.

Mais do que recursos financeiros, o programa oferece uma rede de suporte técnico e institucional, fortalecendo a capacidade das prefeituras de atuar na superação da pobreza e na inclusão produtiva. O SuperAção SP contribuirá, ainda, para aprimorar a governança, centralizar informações e otimizar o uso dos recursos municipais.

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