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A Rede Sergipana de Observatórios divulgou, nesta sexta-feira, 10, uma nota técnica que avalia dados e estudos sobre o feminicídio em Sergipe, destacando a redução do índice no estado, que registra a segunda menor taxa de feminicídios do Brasil e a menor da região Nordeste.O estudo apresenta uma análise detalhada sobre o feminicídio em Sergipe, destacando avanços e desafios no enfrentamento à violência contra as mulheres.
Intitulada “Feminicídio: quando a violência contra a mulher chega ao extremo”, a nota é um trabalho conjunto do Observatório de Sergipe, vinculado à Secretaria Especial de Planejamento, Orçamento e Inovação (Seplan); do Observatório Maria Beatriz Nascimento, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM); e da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (Ceacrim) da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).
A superintendente de Estatística e Gestão de Dados do Observatório de Sergipe, Hérica Silva, destaca a relevância da divulgação. “A Nota Técnica contribui para o fortalecimento de políticas públicas de prevenção e enfrentamento à violência letal contra as mulheres”, enfatizou.
Segundo a diretora do Observatório Maria Beatriz Nascimento, Juliene Oliveira, os dados sobre a violência contra a mulher em Sergipe são prioridade. “Especialmente o registro de feminicídio, que é o ápice da violência contra a mulher. Inclusive, no Mapa da Mulher Sergipana tem uma página dedicada ao tema, com informações detalhadas sobre o quantitativo, locais onde ocorreram os casos e o meio utilizado para a prática dos crimes. Todos os dados coletados pelo Observatório são essenciais para a efetivação e ampliação das políticas públicas de enfrentamento à violência”, ressaltou.
Redução dos casos
O Estado registrou queda, de 16 casos, em 2023, para 10, em 2024, reduzindo a taxa de 1,35 para 0,84 por 100 mil mulheres. Esse resultado coloca Sergipe com a segunda menor taxa de feminicídios do Brasil e a menor da região Nordeste. Os números, de acordo com o Ceacrim, são ratificados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado neste ano, e pelo Índice de Competitividade dos Estados. Este último, ao analisar o eixo de Segurança Pública, também aponta que Sergipe possui a menor taxa de crimes violentos do Nordeste e a segunda menor taxa de feminicídios do país.
Em relação ao perfil das vítimas, entre os anos de 2017 e 2025, a nota informa que a maioria tinha mais de 35 anos, era parda, com baixa escolaridade e vivendo em união estável ou casada. O estudo também avaliou outros índices, como os de locais e meios de crime, além de períodos.
Um dado que traz alerta é o de denúncia, que indica que entre 2019 e 2024, apenas 17% das vítimas haviam registrado boletim de ocorrência antes do crime.
Sobre a Rede Sergipana de Observatórios
Criada no final de 2024 , a Rede Sergipana de Observatórios representa uma importante articulação permanente entre núcleos de estudos e pesquisas do Governo de Sergipe, como foco na compilação, produção e a difusão de dados, informações e conhecimentos sobre a realidade socioeconômica de Sergipe em suas diversas dimensões.
Atualmente, o Governo do Estado já possui, além do Observatório de Sergipe, que centraliza a análise de estudos e pesquisas locais, regionais e nacionais, além de outras atividades, uma rede extensa que engloba o Observatório do Trabalho, vinculado à Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem); o Observatório da Mulher (SPM); e a CEACrim, da SSP.
Existem, também, núcleos voltados aos estudos de dados na Secretaria de Estado da Saúde (SES), Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Ações Climáticas (Semac), Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc), Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde) e SergipePrevidência.
Para acessar a nota técnica completa “Feminicídio: quando a violência contra a mulher chega ao extremo”, clique aqui .
