O II Encontro de Inteligência do Norte e Nordeste, um marco estratégico para o fortalecimento da integração da Rede Nacional de Inteligência Penitenciária (RENIPEN) e das forças de segurança das 16 unidades federativas que compõem as duas regiões, foi aberto nesta quarta-feira (15) em João Pessoa, no Centro Cultural Ariano Suassuna, e se estenderá até a sexta-feira (17). O evento concentra-se em "ações de integração entre as forças de segurança no enfrentamento ao crime organizado", reunindo especialistas e agentes de inteligência para promover o diálogo, a cooperação técnica e o compartilhamento de conhecimentos cruciais. Estão participando 264 profissionais da inteligência das regiões Norte e Nordeste. A
Iniciativa reúne 16 estados em um esforço estratégico de integração e troca de informações para neutralizar ameaças regionais e nacionais.

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Integração como Imperativo

O encontro visa mapear e desmantelar estruturas criminosas por meio da troca de informações estratégicas sobre modus operandi, rotas logísticas e lideranças. Durante os três dias, a programação inclui palestras, painéis, estudos de caso e apresentações técnicas, com foco na Inteligência como instrumento de combate ao crime organizado. Serão abordadas as estruturas organizacionais, semelhanças e diferenças de atuação das facções, seus impactos no sistema prisional e as respectivas atuações interestaduais e transnacionais.

Temas Cruciais em Debate

A relevância do evento é amplificada pelas particularidades geográficas das regiões. A vasta e complexa região amazônica e a extensa costa nordestina, por exemplo, são alvos de organizações criminosas estruturadas, exigindo estratégias ajustadas às realidades operacionais e dinâmicas criminais locais, como o tráfico internacional de drogas e armas e o domínio de comunidades.

A integração entre os órgãos federais e estaduais de inteligência é vista como essencial para evitar a duplicidade de esforços, potencializar os investimentos em tecnologia e capacitação e, principalmente, construir uma rede de confiança mútua. O relacionamento direto entre agentes e analistas fortalece os vínculos, facilita o intercâmbio ágil de informações sensíveis e consolida uma cultura de cooperação contínua.

A Paraíba se torna, neste momento, o cenário para a consolidação de relações institucionais duradouras e confiáveis, alicerces essenciais para a prevenção, detecção e neutralização das ameaças que desafiam a segurança dos estados, das regiões e a soberania nacional.

Integraram a mesa de abertura do evento dentre outras autoridades: O secretário nacional de Políticas Penais substituto e diretor de Inteligência Penal, Antônio Gautter; secretário de estado da Administração Penitenciária da Paraíba, João Alves; diretor da Polícia Penal Federal, Marcelo Stona; secretário de Estado da Segurança e Defesa Social, Jean Nunes; o superintendente da Polícia Federal na Paraíba, Carlos Henrique Oliveira de Sousa; superintendente da Agência Brasileira de Inteligência - ABIN na Paraíba, Alexandre Carreira Ribeiro. Todos, em suas falas, evidenciaram a importância dos três dias de palestras, troca de experiência e estudo de casos.

O anfitrião, secretário João Alves, apresentou as boas vindas e desejou a todos um encontro de resultados para o sistema penal das duas regiões. O gerente de Inteligência e Segurança Orgânica Penitenciária, João Cláudio Mello Sucar, da Seap-PB, abordou a temática "Organizações Criminosas no Sistema Penitenciário da Paraíba".

A Seap-PB faz a segurança do evento por meio da Gerência Executiva do Sistema Penitenciário (GESIPE), com efetivos da Força Tática Penitenciária (FTPEN) e Grupo de Operações Especiais (GPOE).

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Ascom/Seap-PB com Divisão de Comunicação da SENAPPEN
Fotos:SENAPEN e Seap-PB