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Policial atira em operários e fica em prisão domiciliar

Ele tem 17 mil seguidores em uma rede social

Colaboração para o Jornal Online Alagoas
Por: Colaboração para o Jornal Online Alagoas Fonte: Agência Brasil
21/10/2025 às 10h06

O investigador da Polícia Civil de Minas Gerais, Fernando Augusto Diniz, de 37 anos, preso em flagrante na última sexta-feira (17) após atirar com um fuzil contra três trabalhadores de uma obra em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, ficará em prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica, por decisão da justiça.

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Ele passou por audiência de custódia e o juiz Marco Paulo Calazans converteu a prisão em flagrante em domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica, após pedido da defesa. Os advogados argumentaram que o policial tem uma doença e que precisa de tratamento.

Na audiência, a defesa alegou que o preso tem “uma pequena lesão expansiva intramedular, sugerindo glioma bem diferenciado”.

Acrescentou que o sistema prisional não conta com serviço médico assistencial na própria sede, além de serem precárias as condições de encaminhamento a Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em situações de urgência.

O policial invadiu a obra com um fuzil 556, considerada arma de guerra, e mandou que três trabalhadores - de 32, 34 e 57 anos - deitassem no chão e atirou em seguida. Dois foram baleados e levados ao Hospital Municipal de Contagem. Eles contaram à polícia que conseguiram correr mesmo feridos e pediram socorro à Polícia Militar.

Um terceiro homem foi ferido de raspão na altura da cintura, mas não houve necessidade de socorro médico. Uma perícia técnica realizada no local da obra encontrou um cartucho de fuzil calibre 556.

Motivo

O pai do policial civil Fernando Augusto Diniz mora ao lado do canteiro de obras e tinha registrado boletim de ocorrência na delegacia contra a empreiteira. Segundo ele, que não foi identificado, a construtora praticava atos irregulares, embora a polícia não tenha especificado quais. As investigações apuram se um conflito entre vizinhos teria motivado o ataque armado.

O investigador Fernando Diniz tem 17 mil seguidores em uma rede social e se apresenta como criador de conteúdo digital. Ele diz que é formado em Direito e tem especialidade em segurança pública pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Também se apresenta como integrante da Patrulha Unificada Metropolitana de Apoio (Puma) da polícia civil mineira. Em seu perfil, compartilha versículos bíblicos no Instagram.

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