
A Vila da Criança se consolidou como um espaço de inclusão e cidadania ao promover diversas ações voltadas à acessibilidade, por meio da Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic). Entre as iniciativas, brinquedos adaptados, rampas de acesso, intérpretes de Libras nos espetáculos teatrais e nas sessões de cinema, além da Sala Multissensorial, um ambiente especialmente pensado para acolher crianças com hipersensibilidade.
A secretária de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania, Érica Mitidieri, destacou que a acessibilidade é um princípio fundamental do Governo de Sergipe. “Queremos que todas as crianças e famílias se sintam bem-vindas e tenham as mesmas oportunidades de viver experiências felizes. A Vila da Criança foi pensada para garantir que ninguém ficasse de fora do direito ao brincar”, afirmou.
Com luz baixa, climatização e estímulos controlados, a Sala Multissensorial foi planejada para oferecer uma experiência segura e prazerosa para todas as crianças, sendo um espaço de autoregulação e bem-estar. A iniciativa emocionou mães e responsáveis que visitaram o local.
Maria Alice, mãe de Ian, criança autista, contou que a experiência foi inesquecível. “É muito importante ter esse tipo de espaço porque as crianças atípicas precisam se sentir incluídas, independentemente de qualquer coisa. O Ian adorou, ficou encantado. Já conhecíamos salas sensoriais de clínicas, mas nunca assim, com luz baixa, climatizado e bem adaptado para eles. Foi perfeito”, contou.
Para Fernanda Queiroz, mãe de Gabriel e turista da Bahia, a iniciativa do Governo de Sergipe foi surpreendente. “Sou mãe atípica e, pela primeira vez aqui em Sergipe, pude conhecer um espaço assim. Fiquei emocionada quando entrei porque muitos estímulos acabam deixando nossos filhos estressados e, aqui, eles podem relaxar. Somos da Bahia e nunca vimos isso em lugar nenhum. Parabéns ao Estado de Sergipe por proporcionar algo tão lindo”, declarou.
As ações de acessibilidade também se estenderam à programação cultural da Vila. Intérpretes de Libras atuaram nas apresentações teatrais e nas sessões de cinema, garantindo que pessoas surdas pudessem acompanhar e compreender integralmente os conteúdos.
O intérprete Edcarlos Santos da Conceição explicou que o trabalho exige preparo e sensibilidade. “Cada apresentação é um desafio diferente. A gente se prepara com oficinas e técnicas de expressão para transmitir emoção e contexto ao público surdo, garantindo uma experiência completa”, destacou.
Para o intérprete Áquila de Jesus, a dedicação é essencial para a qualidade do trabalho. “Recebemos o material dos espetáculos com antecedência e estudamos para adaptar o ritmo e o estilo de cada artista. Isso faz diferença na compreensão do público surdo”, pontuou.
A coordenadora de Políticas para Pessoas com Deficiência da Seasic, Suellen Graziele, reforçou que o trabalho vai além da adaptação física. “A acessibilidade também é sobre empatia e acolhimento. Quando uma mãe entra na Sala Multissensorial e se emociona é porque ela percebe que o Estado se preocupou com o seu filho, com as suas necessidades. Isso é inclusão de verdade”, ressaltou.
Com essas ações, a Seasic reafirma o compromisso de promover espaços acessíveis, acolhedores e diversos, onde todas as crianças possam brincar, aprender e se desenvolver com igualdade de oportunidades.









