
Com o objetivo de ampliar as discussões e avanços sobre o que há de mais moderno no tratamento do câncer sólido nas mais diferentes áreas de atuação da cirurgia oncológica, o 17º Congresso Brasileiro de Cirurgia Oncológica e o 1º Congresso Internacional de Cirurgia Oncológica reuniu, durante quatro dias, mais de mil especialistas da área. Entre os convidados do evento, considerado o maior do mundo na especialidade, está o cirurgião oncológico Roberto Gurgel, Membro Titular e diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), que também integra o Grupo de Trabalho em Oncologia da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Na ocasião, o especialista coordenou a mesa que discutiu um assunto de grande relevância para o fortalecimento da Política Nacional de Atenção ao Câncer: a qualidade e o acesso à cirurgia oncológica no Brasil.
“Sabemos que a realização dos procedimentos cirúrgicos salvam vidas quando diagnosticados no início do tratamento. Então, a mesa foi sobre essa política que está sendo implantada em todo o país e Sergipe não é diferente. Foi um momento de grande troca com profissionais e gestores de altíssimo nível”, destacou Gurgel.
O debate contou com a presença de autoridades e especialistas de destaque nacional, como o deputado federal Frederico Escaleira, o ex-ministro da Saúde Nelson Teich, o presidente do Congresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), Alexandre Oliveira e o presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), Pedro Portari. Durante as discussões, o secretário adjunto de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (MS), Jérzey Timoteo, abordou o Programa Mais Acesso a Especialistas, trazendo o papel do cirurgião nesse novo contexto.
Outra temática amplamente discutida foi a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) como marco regulatório para garantir acesso universal e integral à assistência oncológica no Brasil, que contou com a participação do palestrante José Barreto Carvalheira, diretor do Departamento de Atenção ao Câncer (DECAN) na Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES) do Ministério da Saúde.
“Apesar das pautas terem sido discutidas de uma maneira geral, em âmbito nacional, é importante para Sergipe trazer essas diretrizes para que o Hospital do Câncer do Estado seja um disseminador das políticas tanto do Ministério da Saúde quanto da Sociedade especializada. É uma relação direta com o que se quer realizar no Hospital do Câncer que será inaugurado em breve”, finalizou Roberto Gurgel.
Hospital do Câncer
Com quase 100% das obras concluídas, o Hospital do Câncer de Sergipe Governador Marcelo Déda representa um dos maiores investimentos da história da saúde pública estadual, com recursos superiores a R$ 170 milhões. A unidade está sendo construída pelo Consórcio Celi, empregando cerca de 350 trabalhadores em uma área total de 46.292,80 m², sendo 21.819,45 m² de área construída.
A estrutura contará com 229 leitos, sendo 135 de internação hospitalar, 10 de UTI adulto, 10 de UTI pediátrica, 13 de isolamento e 102 de enfermaria, além de 20 leitos no pronto atendimento e 74 destinados à quimioterapia, sendo 60 adultos e 14 pediátricos.
A unidade, que está em fase final de conclusão, tem funcionamento previsto para dezembro de 2025.
