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Instituto de Zootecnia de SP desenvolve tecnologia para aumento de rendimento do queijo

Metodologia permite identificar um dos genes responsáveis por aumentar o rendimento do leite para queijo – a chamada kappa caseína

Colaboração para o Jornal Online Alagoas
Por: Colaboração para o Jornal Online Alagoas Fonte: Secom SP
22/11/2025 às 08h30
Instituto de Zootecnia de SP desenvolve tecnologia para aumento de rendimento do queijo
Laticínio Família Rossato é a primeira propriedade do Brasil a genotipar 100 % do rebanho

De olho no crescimento produtivo e econômico da atividade, o Laticínio Família Rossato é a primeira propriedade do Brasil a genotipar 100% do rebanho para identificar animais com genética para maior rendimento de queijo de búfalas, o legítimo queijo muçarela. A metodologia desenvolvida no Instituto de Zootecnia (IZ-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, permite a identificação de um dos genes responsáveis por aumentar o rendimento do leite para queijo – a kappa caseína.

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O Laticínio Família Rossato é especializado em produtos derivados do leite de búfala, com uma linha completa que inclui iogurte, doce de leite, muçarela, frescal, curado e defumado. Com diversas premiações regionais e nacionais, a família Rossato consolidou seu nome na produção artesanal. “Nosso rebanho hoje é de 150 animais e o objetivo é genotipar todo ele para que possamos aumentar a seleção de animais do genótipo BB associado a leite com características melhores para produção de muçarela. Estamos bastante ansiosos em selecionar animais com essas características para que num futuro próximo possamos aumentar o rendimento e a qualidade dos queijos”, afirma o produtor Caio Rossato.

Segundo Caio, com 60 búfalas em lactação, o rebanho produz 550 litros de leite ao dia. “Produzimos 16.000 litros ao mês e, com isso, 4000 kg de queijo mensalmente. Com a seleção dos animais para kappa-caseína, nossa expectativa é que aumente em torno de 10% a produção nos próximos anos, só fazendo a seleção dos animais”, comenta o produtor.

Ele diz esperar que esse trabalho possa ser replicado a diversas propriedades através de genética comprovada de genes importantes para produção de derivados. “Já temos dois touros selecionados que estão em coleta na Central de Sêmen de Búfalos Novagen para comercialização de sêmen e embriões”, comemora. “Somos muito gratos ao IZ e toda equipe do pesquisador Aníbal que são pioneiros nesse estudo da kappacaseína e que pode trazer muitos benefícios a toda cadeia produtiva.”

Segundo o pesquisador Anibal Vercesi Filho Vercesi, diretor da Divisão de Pesquisa e Desenvolvimento em Genética e Biotecnologia do IZ, a metodologia desenvolvida vai contribuir para o melhoramento genético de bubalinos. Conforme relata, com o início do Programa de Avaliação Genética em Búfalos conduzido pela ABCB, foi levantada a demanda pela Associação do estudo de genes que poderiam ter interferência no processo de qualidade e fabricação de queijos. “Realizamos a pesquisa com 600 bubalinos pertencentes a criadores associados da ABCB, desenvolvendo e padronizando a metodologia para genotipar o gene CSN3 da kappacaseína. Animais que possuem o alelo B do gene CSN3 kappacaseína tem maior rendimento de queijo”, explica.

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