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Terceira noite de Fasc tem recorde de público com a união de artistas nacionais e regionais

Programação musical ampla e diversa animou público com maratona de shows do festival

Colaboração para o Jornal Online Alagoas
Por: Colaboração para o Jornal Online Alagoas Fonte: Secom Sergipe
23/11/2025 às 09h47
Terceira noite de Fasc tem recorde de público com a união de artistas nacionais e regionais
Terceira noite do evento atraiu milhares de pessoas para a Praça São Francisco / Fotos: Julia Rodrigues, Heitor Xavier e Dani Santos

O Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc) realizou nesse sábado, 22, seu terceiro dia festivo. A cidade foi ovacionada por milhares de visitantes com o desejo de desfrutar das pluralidades musicais oferecidas na programação dos palcos João Bebe Água, na Praça São Francisco, e Frei Santa Cecília, na Praça do Carmo. Com atrações como João Gomes, Seu Jorge, Dead Fish e Cidade Dormitório, as ruas do Centro Histórico se transformaram em passarelas para um público de diferentes idades, personalidade e cantos do país. 

A noite foi iniciada com o gênero rock no Palco Santa Cecília, com a apresentação da renomada banda Dead Fish, um dos principais nomes do hardcore brasileiro. O vocalista da banda, Rodrigo Lima, compartilhou estar muito honrado com a presença do grupo na programação do festival, trazendo o punk brasileira que é um patrimônio potente quanto a cidade de São Cristóvão.

“A trajetória da nossa banda sempre foi marcada por um discurso político de resistência, e o Fasc também é um festival que resiste há 52 anos, nascido ainda durante a ditadura. Quando fui convidado, fui pesquisar a história do festival e fiquei impressionado com sua longevidade. Minha banda tem mais de trinta anos, e acredito muito que ações culturais como essa, espalhadas por todo o Brasil, poderiam transformar profundamente o país”, explanou o cantor.

Logo após Dead Fish, o público na Praça do Carmo prestigiou o show de Mundo Livre S/A. Fred Zero Quatro, vocalista da banda, compartilhou ser uma honra participar do Fasc pela primeira vez. “Tem sido maravilhoso tocar ao lado de pessoas que já conhecemos, reencontrar parceiros que é difícil ver no dia a dia e, ao mesmo tempo, interagir com uma galera nova. O festival promove essa diversidade, esse encontro do mundo, e isso é muito bacana. Tô muito feliz de ter participado”, destacou.

A noite continuou com a apresentação de Getúlio Abelha, que voltou ao festival para fazer história. “Faz sete anos que eu não venho a Sergipe, então eu estava esperando muito por esse momento. É minha primeira vez que vou fazer um show completo aqui, com toda a estrutura e toda a equipe, da outra vez eu vim só com um pendrive e um sonho. Voltar agora, desse jeito, é muito especial”, compartilhou. 

De forma paralela, o Palco João Bebe Água também recebeu grandes nomes da música sergipana e brasileira. Na Praça São Francisco, a festa começou com Héloa e Lia de Itamaracá. A cantora Héloa se apresentou no Fasc pela segunda vez, e trata da relevância que é o festival para todos que trabalham com arte e cultura. “O Fasc tem a força que movimenta a economia local, coloca em destaque a nossa cultura popular e valoriza as expressões afro-indígenas. É uma experiência que reafirma a importância de mantermos esses espaços vivos, pulsando, e mostrando para o Brasil a potência que nasce daqui”.

Em sua apresentação, teve a participação especial de Lia de Itamaracá, uma grande cirandista e patrimônio vivo do estado de Pernambuco. “Foi um grande prazer ter dividido o palco com a Héloa, de estar de volta em Sergipe e trazer a ciranda para o maior festival de cultura do Nordeste. É uma oportunidade muito especial para mim. É bom ver o poder público investindo e fortalecendo a cultura popular como acontece aqui em São Cristóvão”, partilhou Lia. 
O segundo show da noite ficou por conta do cantor Seu Jorge, dono de grandes canções da MPB, samba e soul. Na sequência subiu ao palco o cantor nordestino e campeão do Grammy Latino deste ano, João Gomes, que fez o público vibrar na praça que é Patrimônio Mundial da Humanidade.

“Fiquei muito feliz pelo convite, muitas pessoas reagiram com muita empolgação quando eu falava que ia tocar aqui em São Cristóvão. Após a premiação, essa é a primeira cidade que apresento, e foi um prêmio nosso, Sergipe tem parte nessa conquista. Acho uma iniciativa bonita e essencial se ter um festival que contempla vários tipos de cultura e arte e que oportuniza uma boa visibilidade. Estou muito feliz de estar aqui para cantar para vocês”, afirmou o cantor João Gomes minutos antes de subir ao palco e fazer uma apresentação dançante, com sucessos da sua carreira para o público recorde da 40ª edição do Fasc. 

A noite de shows no Palco João Bebe Água foi encerrada ao som do samba, com a energia contagiante do sergipano Nona. O artista não deixou ninguém parado e fechou o terceiro dia do festival com grandes sucessos do gênero, garantindo uma despedida animada e cheia de ritmo.

Público 

O Festival de Artes de São Cristóvão, além de ser um dos maiores palcos multiculturais do Brasil, promove iniciativas que, ao longo de toda a sua programação e em cada um de seus espaços, compartilham novos conhecimentos, novas expressões artísticas e fortalecem nos moradores o sentimento de pertencimento à Cidade Mãe de Sergipe.

“Eu sempre morei aqui em São Cristóvão, tenho 25 anos, mas só fui conhecer o festival quando tinha 22. Desde então, me apaixonei completamente. Eu não fazia ideia da dimensão do evento, da estrutura e nem do nível dos artistas que vinham pra cá. Isso foi muito importante para mim, porque passei a valorizar ainda mais a minha cidade. Antes, eu não tinha esse olhar de São Cristóvão como um grande centro cultural, capaz de receber algo tão grande além da sua própria história. Hoje, me sinto realmente honrado por morar aqui e ver tudo isso acontecer”, enfatizou Yuri Guilherme, biomédico. 

No Fasc é artista prestigiando artistas, como faz Patrícia Polayne. “Está maravilhoso. O Fasc é o nosso lar, uma festa que celebra encontros, afetos, história, memória, legado e música. Como artista, fico muito feliz em participar de algo tão grandioso. Cheguei ontem e estou assistindo a todos os shows e vivenciando cada momento possível. Vida longa ao Fasc!”.

Fasc 

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Criado nos anos 1970, o Festival de Artes de São Cristóvão é um dos eventos culturais mais importantes do Nordeste, reunindo artistas locais e nacionais em diversas expressões artísticas. Após uma pausa em 2005, o festival voltou a ser realizado em 2017, reafirmando o protagonismo de São Cristóvão como um dos principais pólos culturais do Brasil.

Com programação distribuída pelo Centro Histórico e por diferentes bairros da cidade, o Fasc proporciona uma experiência imersiva que envolve música, teatro, dança, literatura, artes visuais, cinema e outras manifestações, celebrando a rica identidade da quarta cidade mais antiga do país.

Realização 

O Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc) é apresentado pelo Ministério da Cultura, com realização da Prefeitura de São Cristóvão, por intermédio da Fundação Municipal do Patrimônio e da Cultura João Bebe Água (Fumpac) e do Encontro Sancristovense de Cultura Popular e Outras Artes (ESCOA);  Governo do Estado de Sergipe, através da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap) e Governo do Brasil.  O Festival conta ainda com patrocínio da CELI, Banco do Nordeste, Iguá Sergipe, Ecoparque Sergipe e CAIXA. O apoio fica por conta da SE – Sistema Engenharia, Colortex Tintas, Unir Locações e Serviços e Vitória Transportes.

Rodrigo Lima, vocalista da banda Dead Fish
Rodrigo Lima, vocalista da banda Dead Fish
Fred Zero Quatro, vocalista de Mundo Livre S/A
Fred Zero Quatro, vocalista de Mundo Livre S/A
Getúlio Abelha
Getúlio Abelha
Cidade Dormitório
Cidade Dormitório
Héloa e Lia de Itamaracá
Héloa e Lia de Itamaracá
Seu Jorge
Seu Jorge
João Gomes
João Gomes
Nona
Nona
Biomédico Yuri Guilherme
Biomédico Yuri Guilherme
Artista Patrícia Polayne
Artista Patrícia Polayne
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