
Com o objetivo de promover uma agenda de escuta com beneficiários do Programa Universidade para Todos (UPT) e de socializar as atividades realizadas durante o ano de 2025, foi realizado, nesta quinta-feira (4), no Gran Hotel Stella Maris, em Salvador, um seminário como o tema “Múltiplos olhares UPT: Acesso, formação e rede colaborativa”. A atividade, que segue até esta sexta-feira (5), também reuniu representantes das universidades parceiras, da Secretaria da Educação do Estado (SEC) e das demais instituições que possuem atuação no programa.
Durante o encontro, foram apresentados dados sobre a execução do programa neste ano e diferentes indicadores da última meia década, como participação e inclusão; resultados; permanência e impacto; estrutura e gestão; e satisfação. Já as universidades parceiras apresentaram as suas percepções sobre o impacto da implementação do programa UPT. A programação também contou com uma roda de conversa sobre as perspectivas do programa para o ano de 2026.
Segundo a coordenadora do UPT, Patrícia Machado, o intuito foi avaliar como foi a execução do programa e já pensar as perspectivas para 2026. “Na edição do programa deste ano, nós tivemos algumas inovações e novidades, a exemplo da implementação do UPT para pessoas privadas de liberdade na Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac) e em conjuntos penais. Então, é um outro olhar do programa. Nós tivemos que, ao longo da execução, nos reestruturar enquanto programa para atender a essa demanda”, explicou.
Aprendizado e planos futuros
Para a estudante Aline Costa, 17 anos, 3ª série do Ensino Médio, do Colégio Estadual Barros Barreto e que cursou as aulas do UPT no campus da UFBA, no bairro de Ondina, em Salvador, o programa fez toda a diferença. “Este ano, fiz o ENEM pela terceira vez e foi o meu primeiro contato com o programa. Graças às aulas e suporte do UPT, eu percebi que o meu rendimento melhorou muito. Eu me senti muito mais preparada, pincipalmente na Redação e na prova de Matemática, pois absorvi todos os conteúdos e tirei todas as dúvidas”, revelou a jovem, que pretende cursar Administração.
Luana Vaneska, mulher trans de 44 anos, viu no UPT o passaporte para realizar o seu sonho de cursar História na UNEB. “Eu participei das aulas do programa ofertadas no Casarão da Diversidade, onde já tenho todo um suporte e gostei muito. Fazer parte do UPT me abriu um leque de possibilidades e me deu mais vontade de estudar para conquistar a minha carreira acadêmica”, disse, confiante.
Dados do UPT em 2025
Este ano, o programa UPT disponibilizou 20.110 vagas em 27 territórios de identidade, alcançando 218 municípios baianos e funcionando em 358 polos. A edição de 2025 contou com a participação de 1.413 monitores, preferencialmente estudantes universitários, que assumiram a missão de contribuir para a formação dos futuros ingressantes no Ensino Superior. Em 2025, o Governo do Estado investiu R$ 18 milhões no UPT, reforçando a importância da iniciativa para promover educação, cidadania e inclusão social em diferentes territórios da Bahia.
Fonte: Ascom/SEC