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Primeira edição do Festival na Maloca celebra samba, ancestralidade e identidade quilombola em Aracaju

Evento fortalece a pluralidade cultural presente no primeiro quilombo urbano de Sergipe

Colaboração para o Jornal Online Alagoas
Por: Colaboração para o Jornal Online Alagoas Fonte: Secom Sergipe
07/12/2025 às 06h35
Primeira edição do Festival na Maloca celebra samba, ancestralidade e identidade quilombola em Aracaju
Primeira edição do Festival na Maloca celebra samba, ancestralidade e identidade quilombola em Aracaju // Fotos : Julia Rodrigues

A efervescência das manifestações culturais presentes na Maloca, primeiro quilombo urbano de Sergipe e segundo do Brasil, localizado no bairro Getúlio Vargas, se traduziu na primeira edição do 'Festival na Maloca: Ritmos e Comunidade', evento gratuito promovido pelo Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap), na noite deste sábado, 6. A programação teve como foco a valorização e o reconhecimento da pluralidade cultural e da identidade construída pela comunidade desde a década de 1930, que levou ao reconhecimento do território como Patrimônio Imaterial da Cidade de Aracaju.

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A estreia do festival uniu as celebrações do Dia Nacional do Samba às ações alusivas ao Dia da Consciência Negra, reunindo artistas sergipanos que dialogam com a identidade cultural da Maloca a partir de diferentes expressões musicais. Subiram ao palco Mestre Saci, Arius Maia, Matheus Silva e o grupo Pagode do JM, todos com trajetórias diretamente conectadas às matrizes afro-brasileiras. 

Para Mestre Saci, uma das principais vozes da cultura afro-brasileira contemporânea e liderança da comunidade, a realização do festival representa um marco. “Primeira edição desse projeto, sendo ainda mais especial pela comemoração do Dia Internacional do Samba, é muito importante para a gente esse reconhecimento. Estou muito feliz por esse evento existir e muito realizado por fazer parte dessa programação. O samba traz pertencimento, faz referência à nossa religiosidade, aos orixás, e a gente sempre vem agradecendo a eles pelas oportunidades. Quando a gente pede com fé, os orixás nos abençoam. Agradeço ao Governo do Estado e à Funcap, que esteve junto da comunidade. Que essa seja a primeira de muitas edições”, afirmou. 

O multiartista Arius Maia, com 15 anos de pesquisa e dedicação à música e às tradições afro-religiosas, também comemorou o momento. “Tenho um orgulho imenso de estar participando dessa primeira edição do Festival na Maloca, trazendo a musicalidade afro-brasileira e também um pouco do meu trabalho autoral. Muito obrigado pela oportunidade de fazer essa apresentação aqui. Ter o primeiro festival aqui na Maloca é de suma importância para resgatar e valorizar as nossas crenças, a nossa ancestralidade”, destacou. 

Público aprova

O festival também recebeu visitantes angolanos: Jorge Manoel, Joferson Moisés, Boris Diogo e DJ Bro Cesudas, que, em passagem por Aracaju, conheceram a Maloca e destacaram a experiência.

“Estamos em um tour turístico, conhecendo a comunidade quilombola. Está sendo uma experiência muito boa. Espero que mais pessoas, mais turistas, estrangeiros, venham conhecer esse local, essa comunidade maravilhosa. A gente ficou muito feliz pela recepção. Esse evento é um evento de conexão; a gente se sente representado. A gente é preto, africano, e encontrou uma comunidade quilombola com a qual a gente partilha coisas que conhecemos e experiências maravilhosas. Estou sem palavras.”, contou Jorge Manoel.

Para o historiador Lucas Gabriel, conhecido como Abiúdo, o festival reforça a dimensão histórica e simbólica da Maloca. “É uma emoção imensa estar participando do Festival na Maloca, essa primeira edição, e espero que tenha muitas outras. A Maloca é uma comunidade histórica aqui da cidade de Aracaju, formada por pessoas que descenderam da força trabalhadora que construiu essa nação. Estar aqui hoje celebrando o samba e a consciência negra é uma grande emoção, uma grande alegria. Que esse festival aconteça por vários e vários anos”, disse.

Jorge Manoel, Joferson Moisés, Boris Diogo, Djbro Cesudas
Jorge Manoel, Joferson Moisés, Boris Diogo, Djbro Cesudas
Mestre Saci
Mestre Saci
Historiador Lucas Gabriel, conhecido como Abiúdo
Historiador Lucas Gabriel, conhecido como Abiúdo
Arius Maia
Arius Maia
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