A Casa Fecha Feridas (CFF), unidade de apoio assistencial da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), recebeu um mutirão de saúde ocular com a realização de exames de mapeamento de retina em pacientes atendidos pelo serviço. A ação foi promovida em parceria com o Instituto de Olhos de Maceió (IOM), nesta quarta-feira (17), e teve como foco a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças oftalmológicas, especialmente a retinopatia diabética.
A iniciativa integra o Projeto Olhos Atentos à Saúde, do IOM, e consolida a proposta da Casa Fecha Feridas de oferecer um atendimento ampliado aos pacientes, indo além do tratamento de feridas crônicas.
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Segundo o vice-reitor da Uncisal, Henrique de Oliveira Costa, a ação parte da compreensão de que os pacientes atendidos na unidade apresentam múltiplas demandas de saúde. “A Casa Fecha Feridas hoje é uma realidade bem estabelecida e tem feito uma diferença muito grande. O paciente que é atendido aqui, além do pé diabético ou da úlcera varicosa, geralmente tem outros problemas de saúde, e a nossa ideia é cuidar do paciente como um todo”, afirmou.
Henrique destacou ainda que a ação marca o início de uma aproximação institucional com o Instituto de Olhos de Maceió, referência em saúde ocular no estado. “Buscamos parcerias que complementem a nossa atuação, inicialmente com ações pontuais como essa, mas com a expectativa de que se tornem programas permanentes. O IOM é uma grande referência, e é uma alegria para a Uncisal firmar essa parceria, inclusive com um instituto fundado por um ex-aluno da nossa universidade”, pontuou, ao mencionar o médico Allan Barbosa.
Os exames foram realizados pelo oftalmologista Ricardo Watanabe, especialista em retina e catarata. De acordo com ele, o mapeamento de retina tem papel decisivo na identificação de pacientes que ainda não apresentam sintomas. “A importância do exame é identificar principalmente os pacientes assintomáticos, porque o tratamento pode ser muito mais eficaz quando a doença é diagnosticada precocemente”, explicou.
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Segundo o médico, o procedimento é feito na lâmpada de fenda, com o uso de uma lente especial que permite a visualização detalhada do fundo do olho. “É ali que conseguimos identificar os sinais da retinopatia”, completou.
O diretor médico-assistencial da Casa Fecha Feridas, Guilherme Pitta, destacou que a parceria amplia o suporte aos pacientes diabéticos atendidos pela unidade. “É um momento muito importante, de parceria com o IOM, para que possamos realizar o exame de fundo de olho nos nossos pacientes. A partir da identificação de lesões, fazemos o encaminhamento para o acompanhamento e o tratamento adequados”, afirmou.
Entre os pacientes atendidos na ação está a dona de casa Rosimeire Oliveira, de 61 anos, paciente da Casa Fecha Feridas, onde realiza curativos semanais no pé diabético. Ela já passou por uma cirurgia de deslocamento de retina no olho esquerdo e participou do mutirão para acompanhamento da saúde ocular.
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No exame de mapeamento de retina, foi identificado um quadro de retinopatia diabética grave, porém estável, com recomendação de acompanhamento anual. Para Rosimeire, a ação representa mais segurança e cuidado. “É muito importante ter esse exame aqui, porque nem sempre a gente consegue acesso fácil. Saber como está a visão traz mais tranquilidade”, relatou.
Ao final da ação, o oftalmologista Ricardo Watanabe reiterou o caráter social da iniciativa. “É um prazer ajudar pessoas que têm dificuldade de acesso a esse tipo de exame, oferecendo o encaminhamento adequado para o tratamento e contribuindo para evitar a perda da visão”, concluiu.