Domingo, 21 de Setembro de 2025
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Universidade federal terá cotas para detentos, ex-presidiários e refugiados

É a primeira vez que uma universidade adota essa modalidade de cotas no país

Colaboração para o Jornal Online Alagoas
Por: Colaboração para o Jornal Online Alagoas Fonte: Por Gabriel de Arruda Castro
25/07/2021 às 09h30 Atualizada em 25/07/2021 às 09h41
Universidade federal terá cotas para detentos, ex-presidiários e refugiados
Foto: Reprodução

A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) aprovou a criação de cotas para detentos, ex-presidiários e refugiados. A partir do próximo vestibular, a instituição reservará uma vaga em cada curso para essa categoria.

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De acordo com a UFSB, é a primeira vez que uma universidade adota essa modalidade de cotas no país. A reserva de vagas vale tanto para o vestibular tradicional quanto para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que utiliza a nota do Enem.

“Os ajustes surgem no sentido de fortalecer o papel da UFSB como instituição que valoriza e prioriza as políticas de ações afirmativas enquanto princípio – previsto, inclusive, no estatuto da universidade”, afirmou a universidade, ao anunciar a mudança.

A UFSB já dedica entre 75% a 85% de suas vagas para cotas (o percentual varia de acordo com o curso). A instituição de ensino reserva vagas para negros, pardos, indígenas, quilombolas, ciganos, pessoas com deficiência, mulheres, transexuais, travestis e transgêneros, além de "comunidades identitárias tradicionais". 

A Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e o Comitê de Acopanhamento da Política de Cotas, dois órgãos internos da universidade, ainda vão definir os detalhes de como as novas regras serão aplicadas.

A Universidade Federal do Sul da Bahia tem sede em Itabuna, e foi criada em 2013. A instituição também possui unidades em Porto Seguro e Teixeira de Freitas.

Aplauso do PSOL

Depois do anúncio da UFSB, o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) apresentou uma moção de aplauso à iniciativa. Segundo ele, a medida representa “um avanço civilizatório para o processo de ressocialização dos apenados no seio da sociedade brasileira”.

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