Domingo, 22 de Dezembro de 2024
24°C 27°C
Maceió, AL
Publicidade

Kajuru: prisão de Braga Netto justifica PEC sobre candidatura de militares

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) destacou, em pronunciamento nesta terça-feira (17), a prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto, q...

Colaboração para o Jornal Online Alagoas
Por: Colaboração para o Jornal Online Alagoas Fonte: Agência Senado
17/12/2024 às 16h19
Kajuru: prisão de Braga Netto justifica PEC sobre candidatura de militares
- Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) destacou, em pronunciamento nesta terça-feira (17), a prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto, que foi candidato a vice em 2022 na chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Kajuru lembrou que Braga Netto foi preso por indícios de que tentava obter dados da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. Segundo o Senador, essa ação buscava criar obstáculos às investigações sobre a tentativa de golpe de Estado articulada após a derrota de Bolsonaro em 2022.

Continua após a publicidade
Anúncio

— O desfecho vai demorar, mas já vivemos uma situação única em nossa história, com 25 militares indiciados, oito detidos e um general de quatro estrelas preso preventivamente por suspeita de atentar contra o Estado de direito. Um general de quatro estrelas na cadeia envergonha as Forças Armadas do Brasil e revela o quanto foi prejudicial à instituição o militarismo do governo Jair Bolsonaro.

Kajuru também defendeu a aprovação da proposta de emenda à Constituição que limita a candidatura de militares, da qual ele é relator ( PEC 42/2023 ). A proposta aumenta o tempo de serviço exigido para que integrantes das Forças Armadas possam concorrer em eleições sem perder a remuneração. Para o senador, é indispensável separar as atividades militares das atividades políticas.

— Acredito que a despolitização das Forças Armadas passa também por mudanças nos currículos militares, que ainda valorizam conceitos ultrapassados da chamada Guerra Fria. É preciso, de uma vez por todas, que os quartéis abandonem o ranço autoritário, a ideia de que militares podem tutelar os civis. Eles estão subordinados ao poder civil e têm o dever de rechaçar qualquer tipo de apelo à ilegalidade. Em todas as circunstâncias, devem agir sempre em defesa do Estado democrático de direito.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.