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Pesquisa maranhense cria plataforma para medir e compensar emissões de carbono em escolas

Iniciativa propõe uma forma prática de reduzir o impacto ambiental das escolas e se conecta diretamente aos temas centrais da COP-30, que será real...

Colaboração para o Jornal Online Alagoas
Por: Colaboração para o Jornal Online Alagoas Fonte: Secom Maranhão
06/11/2025 às 15h38

Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), uma pesquisa desenvolvida no Instituto Federal do Maranhão (Ifma) – Campus São José de Ribamar - está transformando dados de consumo em ações reais de sustentabilidade.

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O projeto, liderado pela estudante Maria Eduarda Gomes da Silva, criou uma plataforma digital capaz de medir, registrar e compensar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em instituições de ensino. A iniciativa propõe uma forma prática de reduzir o impacto ambiental das escolas e se conecta diretamente aos temas centrais da COP-30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em novembro, em Belém (PA).

A plataforma calcula as emissões de gases de efeito estufa com base em informações enviadas pelas próprias instituições, como consumo de energia, uso de água e transporte acadêmico. A partir disso, oferece soluções personalizadas de compensação, como exemplo, a coleta seletiva, reciclagem criativa e plantio de mudas nas comunidades próximas ao instituto. Ao unir tecnologia, ciência e engajamento estudantil, a pesquisa soma no papel das instituições de ensino para construção de um futuro mais sustentável, começando pelo próprio ambiente escolar.

“O sistema ensina alunos e professores a compreenderem o impacto real de cada emissão e orienta a adoção de medidas que façam diferença no ambiente escolar e também em casa”, explica Maria Eduarda. Além de contabilizar os gases emitidos, a plataforma orienta as melhores práticas para reduzi-los. Para garantir a precisão dos cálculos, a pesquisa baseia-se em métodos científicos consolidados e dados reais das instituições participantes. A partir de um cálculo específico, cada quilowatt de energia ou litro de combustível utilizado é transformado em valores equivalentes de carbono, obtendo-se um retrato fiel das emissões escolares.

O intuito, segundo a pesquisadora, é criar uma cultura de responsabilidade ambiental nas escolas, onde cada dado de consumo se transforme em aprendizado e ação sustentável. “Queremos contribuir para a melhora ambiental e até mesmo na conscientização para a quantidade de gás carbônico presente em nosso dia-a-dia”, ressalta.

Ela enfatiza a importância do apoio da Fapema para o avanço do trabalho. “Foi determinante. Receber esse incentivo me fez acreditar que a pesquisa pode, de fato, transformar realidades. Estamos falando de um projeto que pode reduzir emissões dentro das escolas e gerar consciência ambiental em toda a comunidade”, afirma.

O acompanhamento próximo dos professores e o envolvimento da comunidade acadêmica são outros fatores que têm feito a diferença para a confiabilidade do inventário. Ainda em fase de validação, o projeto almeja, inicialmente, chegar às instituições maranhenses e após, expandir a outros estados.

Pesquisas que dialoguem com os grandes desafios globais, especialmente os que estarão em pauta na COP-30, têm sido uma prioridade da Fapema, avalia o presidente da instituição, Nordman Wall. Ele ressalta que pesquisas como a da Maria Eduarda mostram que o Maranhão está produzindo conhecimento alinhado às soluções de baixo carbono e à justiça climática. “O incentivo a estas propostas é parte da missão da Fapema. Quando se aplica tecnologia e inovação para reduzir danos climáticos estamos incentivando cidadãos comprometidos com o planeta”, aponta.

Com os debates da COP-30 girando em torno de temas como redução de emissões, preservação de florestas, adaptação climática e transição energética, a pesquisa do Ifma - São José de Ribamar se mostra um forte exemplo de como a educação pode contribuir para metas globais.

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