
O município de Ibirapuã, situado no Extremo Sul baiano, agora pode exportar frutos frescos como abóbora e melancia para países do Mercosul. O Ministério da Agricultura (Mapa) publicou uma Portaria que reconhece o Sistema de Mitigação de Risco da praga Anastrepha grandis (uma espécie de mosca-da-fruta) em cucurbitáceas, e autoriza o município a comercializar internacionalmente para países que tem restrições quarentenárias. Uma conquista dos produtores e da defesa sanitária vegetal do estado.
O reconhecimento foi feito a partir de um projeto, elaborado pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), que acompanhou o monitoramento contínuo em propriedades durante seis meses. Para alinhar boas práticas e exigências para exportação, o órgão reuniu, na última semana, autoridades locais, produtores e profissionais de todo o território que atuam na área, na Câmara de Vereadores de Ibirapuã. No debate, a importância dessa atividade para a economia do munícipio, sobretudo na geração de empregos e renda.
“É importante que os agentes públicos e produtores tomem conhecimento dessa abertura comercial e incentivem a produção local. Sobre as normatizações que garantem a certificação fitossanitária, os frutos precisam ser etiquetados individualmente, visando a rastreabilidade. O processo produtivo também precisa de um acompanhamento, desde a produção das mudas até a colheita, assegurando a qualidade da produção”, detalha o engenheiro agrônomo da Adab e coordenador do Projeto Estadual de Moscas-das-Frutas, Weber Aguiar.
Potencial
No ranking nacional, a Bahia se destaca como maior produtor de melancia, com 13% da produção e 18% da área total. Dados do IBGE revelam que os maiores produtores brasileiros entregaram R$2,23 bilhões de reais em valor de produção, com 1,78 milhão de toneladas colhidas na safra de 2023/24, com área de 80 mil hectares plantados. As exportações brasileiras de melancia registraram um volume de 132,55 mil toneladas com faturamento de US$ 73,6 milhões.
Fonte: Ascom /Adab