Sergipe vem se consolidando como um dos estados pioneiros na ampliação do acesso à cirurgia bariátrica pelo Sistema Único de Saúde (SUS), resultado do fortalecimento do maior programa de cirurgias eletivas do Governo do Estado, o Opera Sergipe. Com oito meses de lançamento da segunda fase, o Opera já realizou 419 cirurgias bariátricas, tornando-se referência nacionalmente.  

Continua após a publicidade

Com o intuito de intensificar ainda mais o cuidado, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) promoveu neste sábado, 29, um mutirão de consultas especializadas no Ambulatório do Hospital Cirurgia. Na ação, foram atendidos 100 pacientes cadastrados  no sistema de regulação, onde passaram por avaliação com especialistas bariátricos e acompanhamento com nutricionistas e psicólogos. 

O governador do estado, Fábio Mitidieri, esteve presente e destacou a importância que o Opera Sergipe vem fazendo na vida dos sergipanos. “Hoje, foram atendidos 100 pacientes, vindos de todas as regiões do estado. Cada pessoa carrega uma história, um sonho e uma expectativa de ter acesso a um procedimento que representa saúde, dignidade e qualidade de vida. Em seis meses o programa entregou resultados que antes levavam anos, consolidando-se como referência não só em Sergipe, como em todo o Brasil”, comemorou.  

O secretário de Estado da Saúde, Cláudio Mitidieri, também parabenizou as equipes envolvidas no programa. “Sergipe hoje é referência, graças ao trabalho conjunto com os hospitais credenciados que se dedicam com qualidade e compromisso à população. A cirurgia bariátrica é muito mais que um procedimento, significa recuperar a saúde e é isso que o programa tem feito na vida das pessoas”, ressaltou o secretário.  

Acompanhamento multiprofissional  

O período de consultas é essencial para definir o encaminhamento de cada paciente, incluindo orientações e condições necessárias para avançar no processo cirúrgico. Após isso, os pacientes passam a integrar o protocolo completo de cuidados pré-operatórios, que inclui exames diagnósticos e acompanhamento com nutricionistas, psicólogos, cardiologistas e endocrinologistas.  

A coordenadora do Programa Opera Sergipe, Marli Francisca Palmeira, frisou que a ação reforça o compromisso da gestão estadual em ampliar o acesso, fortalecer o cuidado integral e garantir maior celeridade aos usuários que aguardam pelo procedimento. “Sabemos que existia uma grande fila de espera para realização de procedimentos cirúrgicos eletivos , mas por meio do Programa Opera Sergipe essa fila vem reduzindo significativamente. Para melhor atender essa demanda, a SES ampliou o número de hospitais credenciados proporcionando cada vez mais uma assistência humanizada e qualificada ", pontuou.   

“O fortalecimento do programa representa um marco expressivo para a saúde pública de Sergipe. “A ação teve o intuito de assegurar que todos estejam clinicamente aptos e preparados para o procedimento cirúrgico. É importante destacar que a realização de cirurgias bariátricas no estado é significativa, por ampliar o tratamento da obesidade grave e garantir a melhoria da qualidade de vida dos pacientes”, destacou o cirurgião especialista em bariátrica, Raul Andrade.  

Expectativa e esperança 

A esperança de realizar a cirurgia bariátrica representa para muitos pacientes mais do que o resgate da autoestima,  é a oportunidade de garantir mais qualidade de vida no dia a dia. Este sentimento resume a expectativa de muitos pacientes, como é o caso de Mylena de Oliveira, de 27 anos, que enxerga no Opera Sergipe a chance de iniciar uma mudança concreta em sua saúde e bem-estar.  “A obesidade interfere muito na minha vida. Eu sou nova, tenho muita coisa para viver, e isso acaba afetando tanto a minha saúde quanto a minha autoestima. Às vezes a gente não se sente bem com o próprio corpo e isso pesa. Por isso considero esse programa do Governo do Estado tão importante. A expectativa é alta para a mudança de vida”, contou.  

Já a autônoma Joice da Silva, de 40 anos, disse que a sua vontade é ter uma vida melhor. Segundo ela, a obesidade impacta diretamente sua qualidade de vida com inúmeras dificuldades como andar, pegar ônibus e até mesmo amarrar o próprio sapato. “Muita gente acha que a obesidade é brincadeira, mas não é. É uma doença. Ninguém é obeso porque quer, sempre existe algo por trás. Para mim, esta cirurgia é muito importante, principalmente pela saúde. A autoestima conta, claro, mas tem pessoas que até evitam sair de casa por vergonha, por se sentirem mal. Então, essa chance significa muito pra mim”.