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A leitura segue ocupando um lugar central na formação cultural e intelectual da sociedade alagoana. Em 2025, a Imprensa Oficial Graciliano Ramos manteve esse compromisso ao ampliar a relação entre leitores e obras que percorrem a história e a cultura do estado. Ao longo do ano, títulos consagrados e publicações contemporâneas reafirmaram a força do livro como instrumento de reflexão, pertencimento e acesso ao conhecimento.
A atuação da Imprensa Oficial ao longo deste ano também foi marcada pelo fortalecimento de colaborações institucionais. Parcerias com a Editora da Universidade Estadual de Alagoas (Eduneal), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), a Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal) e a Fundação Astrojildo Pereira ampliaram o alcance das publicações e reforçaram o intercâmbio entre pesquisa, memória e produção editorial.
Some-se a isso a relação intersetorial com secretarias como as de Cultura (Secult), da Comunicação (Secom) e de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), que elevaram o nível de participação da Imprensa Oficial na 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, realizada entre os dias 31 de outubro e 9 de novembro, no Centro de Convenções de Maceió. Afinal, durante os 10 dias de evento, a editora lançou mais de 50 livros, incluindo novas edições de obras clássicas.
Outro destaque foi o estande da editora, que chamou a atenção pelo projeto visual, moderno e acolhedor, inspirado na relação entre Brasil e África, tema do maior evento literário do estado. O local se tornou ponto de encontro não apenas de leitores, mas também de autores e pesquisadores, que transformaram o estande em um espaço de convivência e troca de conhecimento.
Ao todo, foram 2.483 livros comercializados, a exemplo de ‘A terra dos meninos pelados’, com direito à versão em braile da obra de Graciliano Ramos, potencializando a inclusão. Coordenadora editorial da Imprensa Oficial, Clarice Maia ressalta a importância da iniciativa voltada a pessoas com deficiência visual, de modo a ampliar o impacto social das publicações.
“A produção de obras em formatos diversos, como o braile, é um passo importante nesse processo, porque nos permite chegar a novos públicos e garantir que o livro cumpra sua função social. Investir em inovação e acessibilidade é reconhecer que a leitura precisa ser plural, inclusiva e democrática, atendendo também pessoas que encontram impedimentos no uso do livro convencional. Esse movimento fortalece a editora, amplia nosso diálogo com a sociedade e reafirma o compromisso público com o acesso à cultura e ao conhecimento”, pontua a jornalista.
Para a coordenadora, a aposta em inovação, na qualidade gráfica, na participação de ilustradores alagoanos e na diversificação de formatos fortaleceu a presença do livro físico, ao mesmo tempo em que abriu caminho para novas linguagens e suportes.
“Tivemos livros custando apenas cinco reais, o que demonstra o nosso empenho em democratizar o acesso à leitura e consolidar o Governo de Alagoas como apoiador da produção intelectual. Já a participação de ilustradores alagoanos ou radicados em Alagoas também agregou muito valor, conferindo uma jovialidade aos materiais que produzimos”, diz Clarice, destacando, ainda, o trabalho da editora no sentido de ampliar a produção de livros digitais já a partir do próximo ano.
Já de acordo com o diretor-presidente da Imprensa Oficial Graciliano Ramos, Mauricio Bugarim, a edição 2025 da Bienal do Livro potencializa o alcance da editora enquanto importante ‘braço social’ do Governo de Alagoas.
“Obtivemos números surpreendentes e que demonstram o compromisso do governador Paulo Dantas em seguir fomentando a cultura em nosso estado. Não só reunimos autores consagrados para rodas de conversa e lançamentos de diversos títulos, mas também personalidades como o neto de Graciliano Ramos, escritor Ricardo Ramos, e a jornalista, economista e escritora Miriam Leitão, que fez questão de visitar o nosso estande. Ele [estande] ficou belíssimo, e isso foi, sem dúvida, uma atração à parte”.
