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Pesquisadora da FMT-HVD ganha prêmio na categoria Mestrado da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

27/10/2021 às 17h35
Por: Colaboração para o Jornal Online Alagoas Fonte: Secom Amazonas
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Foto: Reprodução/Secom Amazonas
Foto: Reprodução/Secom Amazonas

Juliana Neves conquistou o primeiro lugar com a pesquisa sobre diagnóstico após acidentes com cobras

Aluna de mestrado da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Juliana Costa Ferreira Neves, recebeu prêmio de jovem pesquisador na categoria Mestrado no 56º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MedTrop). Juliana ficou em primeiro lugar com o trabalho: CCL-2 e CXCL-8 como potenciais marcadores prognósticos de insuficiência renal aguda após acidente por Bothrops atrox (jararaca-do-norte).

A pesquisa visa agilizar diagnósticos renais para pacientes que sofreram acidentes com a cobra, conhecida localmente como Jararaca. Essa espécie de cobra é a que mais tem acidentes registrados.

“Muitos pacientes chegam até nós com a Insuficiência Renal pós acidente botrópico já estabelecida, e há uma demora em fechar o diagnóstico, pois atualmente são usados parâmetros como ureia e creatinina que, quando dosados, a vítima do acidente já está em média com 30% ou mais da função renal comprometida”, explica Juliana Neves.

E acrescenta como desenvolveu seu estudo a partir da realidade constatada. “Então nos perguntamos, como podemos abreviar esse diagnóstico. De uma forma que o tratamento possa ser aplicado de forma precoce antes do comprometimento da função renal. Como já trabalhamos com mediadores imunológicos, decidimos dosar essas moléculas, e como resultado temos essas 2 quimiocinas (CCL-2 e CXCL-8) que são promissoras, se destacando antes do paciente tomar a soroterapia”, disse a pesquisadora.

Juliana Neves destaca que esses estudos podem resultar em testes rápidos para a detecção dessas moléculas, fazendo com que o diagnóstico seja mais rápido, iniciando o tratamento de forma precoce. Tudo isso resultando também na diminuição de custo para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Formação – Nos últimos três anos o Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical da FMT-HVD titulou 55 pesquisadores com mestrado e 14 com doutorado.

Pandemia – O 56º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical estava previsto para setembro de 2020, mas, em razão da Pandemia de Covid-19, foi adiado para acontecer de 25 a 28 de outubro de 2021, de forma virtual, o MedTrop Play. O MedTrop Play é o primeiro congresso digital da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Neste ano foi sediado na cidade de Belém, no Pará.

Pesquisadora – Juliana Neves é formada em biomedicina pelo Centro Universitário Fametro, em 2018; Mestre em Medicina Tropical pelo PPGMT /UEA neste ano; e pós-graduada em Biologia Celular e Molecular pela Universidade Cândido Mendes, também em 2021.

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