
Sergipe foi o único estado brasileiro incluído na programação científica do Congresso Latino-Americano de Estudos Sociais sobre Alimentação, realizado na Universidade Autónoma de Chile, em Santiago. A equipe da Secretaria de Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic) apresentou, em inglês, a evolução dos indicadores de insegurança alimentar no estado e o conjunto de políticas que sustentam os resultados recentes.
Segundo o panorama exposto, Sergipe reduziu a insegurança alimentar grave de 30% em 2021/2022 para 5,5% em 2023 e 4% em 2024, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) Contínua. A queda foi destacada por pesquisadores por superar a média nacional. O estado também atingiu a adesão de 100% dos municípios ao Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), apontado como fator determinante para a coordenação das ações.
A comitiva exibiu um vídeo curto em espanhol, produzido especialmente para o congresso, com imagens de pontos turísticos sergipanos. O material funcionou como introdução à apresentação.
A secretária de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania, Érica Mitidieri, destacou que os resultados são fruto da organização das políticas públicas estaduais. “Os dados que apresentamos refletem um esforço contínuo de organização das políticas públicas. Reduzir a insegurança alimentar não depende de ações isoladas, mas de coordenação e permanência. Sergipe avançou porque tratamos esse tema como prioridade de Estado”, afirmou.
A nutricionista Jéssica Belém apresentou os indicadores do programa Prato do Povo, responsável pela distribuição diária de refeições prontas em municípios sergipanos.
“A refeição diária tem impacto imediato na redução do risco alimentar. É um serviço que responde à necessidade urgente das famílias”, explicou.
O agrônomo Luiz Campos detalhou a execução do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Federal e as bases do Programa Estadual de Aquisição de Alimentos (PEAA), que será implantado em Sergipe. “As compras públicas estruturam o elo entre quem produz e quem recebe alimento. É um mecanismo que organiza a política e dá estabilidade aos resultados”, ressaltou.

