
Na manhã desta quinta-feira (20), o Maranhão apresentou ações inovadoras que conectam produção sustentável, tecnologia e preservação ambiental na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), realizada em Belém (PA). No espaço do Consórcio Interestadual Amazônia Legal, o debate abordou sistemas integrados de agricultura familiar e monitoramento climático voltados às cadeias produtivas que estão sendo implantadas no estado.
Entre os programas apresentados, o secretário adjunto da Agricultura Familiar (SAF), Ricarte Almeida, destacou o projeto “Florestas Produtivas”, recém-aprovado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, que tem a finalidade de recuperar áreas degradadas e fortalecer o bioma amazônico em 12 municípios, beneficiando mais de duas mil pessoas.
“Apresentamos o projeto Florestas Produtivas, que estamos iniciando a sua implementação em três territórios maranhenses. A ideia é qualificar as famílias produtoras da agricultura familiar para que aprimorem o seu processo produtivo na lógica da resiliência climática. Então, estamos desenvolvendo um processo de formação, de tecnificação, de experimento do sistema SAF. Nós queremos floresta em pé, alimento na mesa e dinheiro no bolso do agricultor”, afirmou o secretário.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apresentou as experiências aplicadas à cadeia do coco babaçu, unindo geração de renda e conservação ambiental. “A Embrapa trouxe para a COP 30 a abordagem do sistema agroalimentar do babaçu, que é uma atividade importante para o estado. O Maranhão tem 40% de sua área coberta por mata de cocais, e cerca de 300 mil mulheres vivem dessa atividade. A Embrapa desenvolve um trabalho de produção de roça sustentável e de agregação de valor ao babaçu, criando produtos como hambúrguer de babaçu e queijo, que agregam valor e geram renda para as comunidades”, afirmou o chefe da Embrapa, Marco Bomfim.
Projeto Fruta Nossa
Outra iniciativa anunciada foi o Projeto Fruta Nossa, previsto para começar em 2026. O coordenador do Plano ABC+ Maranhão, Jadiel Lins, apresentou o programa e destacou que o principal objetivo é apoiar agricultores familiares, organizar a cadeia produtiva de frutas no estado e aumentar a renda familiar.
“Hoje estivemos na COP 30 para falar do Programa Fruta Nossa, que tem a finalidade de priorizar as frutas regionais que são: pequi, bacuri, cacau e açaí. Serão construídos viveiros que darão suporte ao nosso programa. Temos a meta de dar suporte a agricultores familiares, organizando a cadeia produtiva de frutas no Maranhão. Com isso, vai aumentar a renda familiar e local, desenvolver os jovens em processos tecnológicos, capacitações e cursos”, afirmou Jadiel Lins.